setembro 01, 2014

Filme - Deus Não Está Morto

Sinopse:
Quando o jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade, ele conhece um arrogante professor de filosofia que não acredita em Deus. O aluno reafirma sua fé, e é desafiado pelo professor a comprovar a existência de Deus. Começa uma batalha entre os dois homens, que estão dispostos a tudo para justificar o seu ponto de vista – até se afastar das pessoas mais importantes para eles.


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julho 08, 2014

O vaso de alabastro

Um exemplo de como Deus o Pai valoriza os propósitos e as realizações do homem
só na medida em que eles estão conectados com o Filho do seu amor
.
C. H. Makintosh

«E estando Jesus em Betânia, na casa de Simão o leproso, veio a ele uma mulher, com um vaso de alabastro de perfume de grande preço, e o derramou sobre a cabeça dele, estando sentado à mesa» (Mat 26:6-7).

Neste tempo de tantos afazeres e incessante atividade, é muito necessário considerar que Deus vê tudo de um único ponto de vista, mede tudo por apenas uma regra, prova tudo por uma mesma pedra de toque, e essa pedra de toque, essa regra, esse ponto de vista, é Cristo. Ele valoriza as coisas só na medida em que estão conectadas com o Filho do seu amor, e nada mais. O que se faz a Cristo, o que se faz por ele, é precioso para Deus. Todo o resto carece de valor.
Agradando aos homens
Pode-se realizar uma grande quantidade de trabalho e obter desta forma muitos elogios dos homens; mas quando Deus vem examinar essa obra, ele procurará apenas uma coisa, e esta é a medida que ela está conectada com Cristo. A grande pergunta será: foi feita no nome de Jesus e para ele? Se for assim, aquela obra receberá aprovação e recompensa; se não, será rejeitada e queimada.
Não importa o mínimo que os homens pensem sobre qualquer obra em particular. Podem elevar a alguém até os céus por algo que esteja fazendo; podem publicar seu nome na imprensa diária; podem fazê-lo o tema de uma conversa em seu círculo de salão; ele pode ter fama como pregador, professor, escritor, reformador moral; mas, se não puder conectar a sua obra com o nome de Jesus, se não o tiver feito para o Senhor e para a Sua glória, se não for o fruto do amor de Cristo que constrange, tudo aquilo será como a palha do cereal do verão que se foi, e perdido no esquecimento eterno.
Um caminho mais excelente
Pelo contrário, um homem pode seguir um caminho de serviço tranquilo, humilde, modesto, desconhecido e inadvertido. O seu nome pode ficar no anonimato, a sua obra pode ser ignorada; mas aquilo que tem feito, tem-no feito no singelo amor a Cristo, tem-no feito escondido, com os olhos postos em seu Mestre. O sorriso do seu Senhor foi mais que suficiente para ele. Ele não pensou em nenhum momento procurar a aprovação dos homens, nem tentou captar o sorriso ou evitar a sisudez deles; mas seguiu o mesmo teor do seu caminho, simplesmente olhando para Cristo e trabalhando para ele. A sua obra permanecerá. Será lembrado e recompensado, embora ele não o tenha feito pelo reconhecimento ou a recompensa, mas pelo sincero  amor a Jesus. Esta é a obra do selo genuíno, a moeda autêntica que resiste o fogo do dia do Senhor.
É uma misericórdia indescritível ser libertado do espírito de agradar aos homens, do dia presente, e estar em condições de caminhar somente diante do Senhor, para que todas as nossas obras tenham a sua origem, continuidade e conclusão nele.
A intenção do coração
Vejamos, por alguns momentos, a ilustração preciosa e comovedora disto, que o evangelho de Mateus apresenta no capítulo 26. «E estando Jesus em Betânia, na casa de Simão o leproso, veio a ele uma mulher, com um vaso de alabastro de perfume de grande preço, e o derramou sobre a cabeça dele, estando sentado à mesa».
Qual era a intenção desta mulher quando se encaminhou para a casa de Simão? Era mostrar o aroma delicioso do seu perfume, ou o material e a forma do seu vaso de alabastro? Era para obter o louvor dos homens por seu ato? Era para conseguir um reconhecimento por sua devoção extraordinária a Cristo, em meio de um pequeno grupo de amigos pessoais do Salvador?
Não, leitor, não era nenhuma destas coisas. Como sabemos? Porque o Deus Altíssimo, o Criador de todas as coisas quem conhece os segredos mais profundos de cada coração e o motivo verdadeiro de cada ação estava ali na pessoa de Jesus de Nazaré. Seu olho santo, que tudo perscruta, foi direto ao mais profundo da alma desta mulher. Ele sabia não só o que ela tinha feito, mas como e por que ela o tinha feito. E o Senhor declarou: «Ela tem feito comigo uma boa obra».
Em uma palavra, então, Cristo mesmo era o objetivo imediato da alma desta mulher; e isso foi o que deu valor a aquele ato, e enviou o aroma de seu perfume direto até o trono de Deus.
Então, o Senhor não só a vindicou no momento, mas também a projetou para o futuro. Isto foi suficiente para o coração dessa mulher. Tendo a aprovação de seu Senhor, ela bem poderia dar ao luxo de suportar a irritação, até dos discípulos, e ouvir a reclamação deles por aquele «desperdício». Foi bastante para ela que o seu coração tivesse sido restaurado. Todo o resto podia ser ignorado por aquilo que realmente valia a pena.
Ela nunca tinha pensado em assegurar louvor dos homens ou em evitar o desprezo deles. Seu único objetivo indivisível, do principio ao fim, era Cristo. Do momento em que pôs a sua mão sobre esse vaso de alabastro, até que ela o quebrou e derramou o seu conteúdo sobre a Sua santa pessoa, ela pensava apenas nele.
Ela tinha uma espécie de percepção intuitiva a respeito do que seria conveniente e agradável ao seu Senhor, nas circunstâncias solenes nas quais ele estava posto naquele momento e, com um tato precioso, ela agiu daquela maneira. Ela nunca tinha pensado no que poderia valer o unguento; ou, se o tinha feito, ela sentia que Ele valia dez mil vezes mais. «Quanto aos pobres», sem dúvida, eles tinham o seu lugar e também as suas demandas; mas sentiu que Jesus era para ela mais que todos os pobres do mundo.
Em resumo, o coração da mulher estava cheio de Cristo, e isto foi o que deu caráter à sua ação. Outros poderiam qualificá-la de «desperdício»; mas podemos descansar seguros de que nada que se gaste para Cristo é desperdício. Esta mulher julgou assim, e ela tinha razão.
Um sublime ato de serviço
Honrar ao Senhor, no mesmo instante que a terra e o inferno se levantavam contra ele, foi o maior ato de serviço que um ser humano ou um anjo poderia realizar. O Senhor ia ser levado como oferta. As sombras se alargavam, a escuridão se aprofundava, as trevas se faziam densas. A cruz com todos os seus horrores estava próxima; e esta mulher antecipou tudo, e veio, de antemão, para ungir o corpo do seu adorável Senhor. E isto marca o resultado. Vejam como imediatamente o bendito Senhor intervém em sua defesa e a protege da indignação e o desprezo daqueles que deveriam ter entendido melhor.
«E entendendo Jesus, disse-lhes: por que incomodam a esta mulher? Pois tem feito comigo uma boa obra. Porque os pobres sempre tereis convosco, mas a mim nem sempre me tereis. Porque ao derramar este perfume sobre o meu corpo, tem-no feito a fim de me preparar para a sepultura. Em verdade vos digo que em qualquer lugar que se pregue este evangelho, em todo o mundo, também se contará o que esta tem feito, para memória dela».
Em tudo o que faz, procura fixar a sua atenção diretamente sobre o Mestre. Faz a Jesus o objeto imediato de cada pequeno ato de serviço, não importa qual seja. Ocupa-se em tudo de maneira que ele possa dizer: «Fez comigo uma boa obra». Não se preocupe com os pensamentos dos homens em relação ao seu caminho ou ao seu trabalho. Não importe com a sua indignação ou a sua incompreensão, mas derrame o perfume do seu vaso de alabastro sobre a pessoa do seu Senhor. Procure que cada ato do teu serviço seja o fruto da avaliação do teu coração para ele; e tenhas segurança de que ele valorizará a sua obra e te vindicará diante de muitos.
Assim ocorreu com a mulher de quem temos lido. Ela tomou o seu vaso de alabastro e caminhou para a casa de Simão o leproso, com um só objetivo em seu coração, ou seja, Jesus e o que estava diante dele. Toda a sua atenção estava posta nele. Ela não pensava em nenhuma outra coisa, a não ser em derramar o seu unguento precioso na cabeça do Senhor.
E observem o bendito detalhe. O ato desta mulher chegou até nós, no registro do evangelho, associado com o bendito nome de Jesus. Ninguém pode ler o evangelho sem ler, do mesmo modo, o memorial de sua pessoal devoção.
Os impérios se elevaram e prosperaram, para em seguida desaparecerem na região do silêncio e do esquecimento; os monumentos eretos para celebrar a glória do gênio humano se converteram em pó; mas o ato desta mulher ainda vive, e viverá para sempre. Que tenhamos a graça de imitá-la.

Fonte: http://www.aguasvivas.ws/revista/72/07.htm

abril 02, 2014

A Terra Prometida

O Antigo Testamento é um rico veio de ouro para os estudiosos do Novo Testamento. Ali estão representados simbólica e tipologicamente os principais atos e realidades espirituais, com uma grande variedade de significados.
De todos os símbolos e tipos, a Terra do Canaã é uma das principais. O que representa? A Terra Prometida é Cristo, para ser recebido em possessão e desfrutado. Cada palmo dessa Boa Terra espera por nós para que ponhamos sobre ela o nosso pé e a façamos nossa (Deut. 11:24).
As riquezas de Canaã são inefáveis, e bem merecem uma detalhada descrição, tal como a de Deuterônomio 8:7-10. Cada vertente, cada flor, cada árvore. Cada fenda é objeto do olhar atento de Deus (Deut. 11:12). Oh, em verdade, Cristo é precioso! Com razão, o salmista podia dizer: "O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; Tu sustentas o meu quinhão. As sortes me caíram em lugares deleitosos; coube-me uma formosa herança" (Salmo 16:5-6).
Paulo dizia: "Em quem (em Cristo) estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Col. 2:3). Cristo é a Boa Terra que esconde tesouros. Israel não conquistou, por preguiça ou por covardia, toda a terra que Deus lhe deu. Que não ocorra assim conosco com respeito a Cristo. Cada beco, cada folha de grama, cada metro quadrado (por assim dizer) esconde algum tesouro que espera por nós. Eles não estão à vista, para que não os pisoteiem os porcos. Estão escondidos, mas não tanto para que não possam ser achadas, se o pedirmos ao Pai!
Cristo é o Dom de Deus, precioso e perfeito. Mais que o Éden de Adão, mais que a Canaã de Israel (as quais são apenas figura e sombra) é o Cristo de Deus para aqueles a quem tem sido revelado. Assim que, adiante, cristãos! Para tomar posse da Terra!
A cada cristão é dada uma porção de Cristo. Nenhum cristão particular pode conhecer-lhe e desfrutar dele inteiramente. Tampouco pode lhe expressar completamente. Uma porção é suficiente para o regozijo de cada um. Mas ao nos juntar todos em amor e ao compartilhar o que de Cristo recebemos, vemos a Cristo completo, expressando todas as suas inefáveis graças no corpo que é a igreja. Então, toda a herança deve ser nossa!
Em Canaã, em Cristo, está o repouso do cristão. Está o repouso dos seus inimigos, e de Amaleque, que é, por fim, destruído (Deut. 25:19). É também o repouso das obras da Lei. A carne e as suas obras ficam para trás. Agora entramos no reger do Espírito. Em Cristo está a plenitude e a riqueza suprema. Em Cristo, e só nele está a perfeição – tudo nele é deleitoso. Em Cristo somos achados perfeitos. Tudo isso Deus preparou para os que o amam!

fevereiro 13, 2014

Hillsong United - Zion - Acoustic Sessions

1.Relentless (Acoustic Version) [Live]
2.Up In Arms (Acoustic Version) [Live]
3.Scandal of Grace (Acoustic Version) [Live]
4.Oceans (Where Feet My Fail) [Acoustic Version] [Live]
5.Stay and Wait (Acoustic Version) [Live]
6.Mercy Mercy (Acoustic Version) [Live]
7.Love Is War (Acoustic Version) [Live]
8.Nothing Like Your Love (Acoustic Version) [Live]
9.Heartbeats (Acoustic Version) [Live]
10.A Million Suns (Acoustic Version) [Live]
11.Tapestry (Acoustic Version) [Live]
12.King of Heaven (Acoustic Version) [Live]
 
Tamanho: 704mb
Arquivo: AVI
 
http://www.mediafire.com/download/dhk4z3iih7rt0y6/Hillsong+United+ZION+Full+Acoustic+Session+Live.rar
 
























                                                                                                                                                                              

fevereiro 12, 2014

Separados do mundo - Watchman Nee

Lições básicas sobre a vida cristã prática.


Watchman Nee

«Pelo qual, sai do meio deles, e vos aparteis, diz o Senhor, e não toqueis o imundo; e eu vos receberei» (2ª Cor. 6:17).
Há muitos mandamentos, exemplos e ensinos na Bíblia relativos ao tema da separação. Visto que o mundo tem tantas e variadas facetas, a nossa separação dele deve ser absoluta e completa. Há quatro diferentes lugares na Bíblia utilizados para caracterizar o mundo: o Egito representa os prazeres do mundo; Ur da Caldeia, a religião do mundo; a Babilônia, a confusão do mundo; e Sodoma, os pecados do mundo. Temos que nos apartar de isto.
Como Deus libertou os israelitas da mão do feridor? Por meio do cordeiro pascal. Quando o anjo de Deus desceu para a terra do Egito ferindo os primogênitos, ele omitiu aquelas casas que estavam marcadas com o sangue. Se não houvesse sangue sobre a porta, ele entrava e feria o primogênito.
Assim, toda a questão da salvação não depende se a porta é ou não boa, se os postes são especiais, se a casa é recomendável ou se o primogênito for obediente. Mas depende se tem o sangue. A diferença entre a salvação e a perdição está determinada pela aceitação ou a rejeição do sangue. A base para a sua salvação não está no que você é, ou é a sua família, mas no sangue.
Nós, os que fomos salvos pela graça, fomos redimidos pelo sangue. Recordemos, no entanto, que uma vez que fomos resgatados pelo sangue, devemos começar a fazer a nossa saída. Os israelitas mataram o cordeiro antes da meia-noite e, depois de ter posto o sangue nos postes e nas vergas, comeram apressadamente. Enquanto comiam, tinham os seus lombos cingidos, o seu calçado nos pés e os seus cajados nas mãos, porque estavam preparados para sair do Egito.
O primeiro efeito da redenção, portanto, é a separação. Deus nunca redime a alguém e o deixa para que continue vivendo no mundo como antes. Cada pessoa regenerada, logo que foi salva, precisa tomar o cajado em suas mãos e começar a fazer a sua saída. Tão logo como aquele anjo destruidor faz separação entre aqueles que se salvam e aqueles que se perdem, as almas salvas devem sair. Isto está muito claramente tipificado no livro de Êxodo.
Um cajado é utilizado para viajar; ninguém o usaria como travesseiro para deitar-se. Todos os redimidos devem tomar os seus cajados e sair na mesma noite. Todo redimido pelo sangue, se torna em peregrino e estrangeiro neste mundo. No momento em que eles são resgatados, saem do Egito e se separam do mundo. Já não deveriam seguir habitando ali.

Princípios que regem a separação
Provavelmente, alguém se perguntará: De que coisas devemos sair? Quais são as coisas do mundo? No que devemos nos apartar? Sugeriremos alguns princípios da separação. Mas, antes de abordar estes princípios, requer-se uma coisa prévia: devemos primeiro ter o nosso coração e espírito libertados do mundo. Se alguém ainda deseja estar no mundo, estes princípios não lhe serão de nenhum proveito. Embora ele se separe de centenas de coisas, estará ainda no mundo. A separação da pessoa com seu coração e seu espírito deve preceder à separação das coisas.
O homem deve sair totalmente do Egito e ser separado do mundo. Não tema ser chamado de peculiar ou estranho. Há coisas que temos que enfrentar e há maneiras nas quais deveríamos ser diferentes do mundo, embora devêssemos desejar estar em paz com todos os homens. Em nossos lares, no escritório, ou em qualquer lugar que estejamos não sejamos contenciosos. Não sejamos daqueles que causam guerras com ninguém. No entanto, há coisas das quais devemos nos apartar.

1. Coisas que o mundo considera indignas de um cristão
Devemos nos separar de algo que o mundo considere indigna de um cristão. Começamos nossa vida cristã diante do mundo, e o mundo estabelece certas normas para os cristãos. Se nós não cumprirmos os seus padrões, onde estará o nosso testemunho? Com respeito às coisas que nós fazemos, não devemos nunca permitir que os incrédulos levantem as suas sobrancelhas dizendo: «Os cristãos também fazem isso?». Sob tal acusação, nosso testemunho diante deles se desmorona.
Por exemplo, se você for a um certo lugar e se encontrar ali com um incrédulo, ele murmurará: «Os cristãos vêm a este tipo de lugar?». Há muitos lugares que os não crentes podem frequentar e podem defender a sua ação quando são interrogados. Mas, se um cristão se puser ali, suscitará imediatamente uma objeção. Eles podem pecar, mas você não pode fazê-lo. Eles o farão sem nenhum problema; mas se você imitá-los, será criticado. Portanto, evitaremos fazer tudo aquilo que o mundo condena como indigno de um cristão. Este é um requisito mínimo.

2. Coisas que são incompatíveis com a nossa relação com o Senhor
Algo que seja contrária a nossa relação com o Senhor deve ser rejeitada. O nosso Senhor foi humilhado na terra; nós podemos buscar glória? Ele foi crucificado como um ladrão; desejaremos o favor do mundo? Ele foi falsamente acusado de estar possuído por demônios; podemos esperar que os homens nos elogiem por sermos inteligentes e racionais? Tais condições revelam a sua inconsistência em nossa relação com o Senhor, fazem-nos diferentes do Senhor e até contrários a ele. Em todos os caminhos que ele andou, nós também devemos andar. Por isso, devemos suprimir tudo o que seja incoerente na nossa relação com o Senhor.
«O discípulo não é mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor» (Mat. 10:24), disse o Senhor. Isto se refere a nossa relação com o mundo, mostrando como nós também sofreremos calúnias e rejeições. Se esse for o modo em que eles trataram o nosso Mestre, podemos esperar algo diferente?
Se nós formos tratados de forma distinta, algo deve estar drasticamente mal em nossa relação com o Senhor. Sejamos cuidadosos, de tal maneira que, com todos os filhos de Deus, caminhemos juntos no caminho do Senhor. Toda situação que o nosso Senhor confrontou nesta terra, nós também devemos encará-la.
O que é o mundo? O que não é o mundo? Você irá saber quando vier ao Senhor. Você só precisa comparar como é que hoje enfrenta qualquer assunto em relação com o que ele fez enquanto esteve na terra. Qual era a sua relação com as pessoas do mundo? Se o seu relacionamento não for diferente de Cristo, tudo bem. Mas se a tua posição difere da dele, algo está mau.
Somos seguidores do Cordeiro que foi imolado; seguimos ao Cordeiro por qualquer lugar que ele vá (veja Apocalipse 14:4). Permanecemos com o Cordeiro em sua posição de morte. Aquilo que não está nessa posição, que é contrário à posição do Senhor, é o mundo do qual devemos nos apartar.

3. Coisas que apagam a vida espiritual
Perguntamos de novo: O que é o mundo? Tudo aquilo que tenta apagar a nossa vida espiritual diante do Senhor, é o mundo. Quão impossível é dizer aos novos convertidos quais coisas são lícitas e quais coisas não são permitidas. Se lhes mencionarmos dez coisas, perguntarão pela décima primeira. Mas, se eles entenderem apenas um princípio, poderão aplicá-lo a inumeráveis situações. Algo que te faças perder o zelo por orar ou por ler a Bíblia, ou que apague o seu valor em testemunhar, é o mundo.
O mundo cria uma espécie de atmosfera que esfria o nosso amor ao Senhor. Murcha a nossa vida espiritual, apaga o nosso zelo e congela o nosso desejo por Deus. Portanto, deve ser rejeitado.
Algumas coisas que não são pecaminosas podem ser consideradas como coisas do mundo? Há coisas que gozam de alta estima na valorização humana, mas, contribuem para nos aproximar mais do Senhor? Ou apagarão a nossa vida espiritual? Sem dúvida, podem ser coisas boas; mas, fazendo-as frequentemente, o nosso fogo interno começa a diminuir e, se seguirmos nelas, o fogo logo se converte em frio. Sentimo-nos incapazes de confessar os nossos pecados, orar e ler a Bíblia.
Embora tais coisas mundanas possa não ter ocupado o nosso tempo, certamente ocuparão a nossa consciência. Enfraqueceram a nossa consciência diante de Deus e nos deram uma indescritível sensação de insegurança. Nossa consciência não pode elevar-se acima desse sentimento; tira-nos o gosto pela Bíblia, faz-nos sentir vazios quando desejamos testemunhar, cala as nossas palavras. Não importa quão sadia pareçam aquelas coisas, quão corretas possam ser, elas devem ser etiquetadas como do mundo. Tudo o que apaga a nossa vida espiritual pertence ao mundo.

4. Assuntos sociais que obstaculizam o testemunho
Outro princípio se refere às relações sociais. Qualquer reunião social, festa ou passatempo que consiga fazer que a nossa lâmpada se oculte debaixo do velador, é do mundo. Isto deve ser rejeitado. Como podem os cristãos seguir em compromissos sociais se ali não podem confessar que são do Senhor, e se tiverem que fingir serem corteses ouvindo e rindo com os incrédulos? Como podemos reprimir o nosso sentimento interior e mostrar uma cara sorridente? Como podemos interiormente perceber o mundo, enquanto exteriormente lhe mostramos simpatia? Como podemos julgar alguma coisa pecaminosa, se externamente concordarmos com ela? Muitos filhos de Deus se deixaram gradualmente a serem atraídos pelo mundo, porque não puderam marcar a diferença em sua vida social.

Sair do mundo
 «Pelo qual, sai do meio deles, e vos aparteis, diz o Senhor, e não toqueis o imundo; e eu vos receberei, e eu serei para vós por Pai, e vós me sereis por filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso» (2ª Cor. 6:17-18).
Esta é a primeira ocasião no Novo Testamento em que aparece o nome «o Senhor Todo-Poderoso». Também o veremos mais adiante no livro de Apocalipse. Em hebreu, é El Shaddai. El significa Deus, e Shaddai tem a sua raiz na palavra que se refere ao peito ou ao leite materno. Portanto, este nome pode ser traduzir como «o Deus Todo-Suficiente». O que um menino precisa é leite, e este leite vem do peito da mãe. O peito materno supre todas as necessidades de um menino. Assim ocorre com o nosso Deus.
O Senhor, como o Deus Todo-Suficiente, chama-nos a sair do mundo e a não tocarmos as coisas imundas, para que ele possa nos receber como filhos e filhas. Estas não são meras palavras, porque são sustentadas pelo Deus Todo-Suficiente. Se nós deixarmos tudo, ficaremos com as mãos vazias, mas ele nos receberá.
 Traduzido do Spiritual Exercise. (Christian Fellowship Publishers, 2007).
Fonte:http://www.aguasvivas.ws/revista/71/vida.htm

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fevereiro 11, 2014

O conhecimento do Deus vivo

A ruína de Israel começou quando se levantou uma geração que não conhecia a Deus
nem a obra que ele tinha feito
.
Rodrigo Abarca

Leitura: Juízes 2:6-11.
Esta passagem é talvez uma das mais tristes da Bíblia. O Espírito Santo deixou registradas estas palavras que refletem não só a tragédia do povo de Israel, mas também a dor do coração de Deus. Voltando para trás, encontramos o maravilhoso livro de Josué, onde vemos uma nação vitoriosa, entrando na posse da terra prometida.  Mas em seguida vem uma mudança violenta, onde Israel se afunda, na forma progressiva, na apostasia generalizada.
Os juízes de Israel são a resposta de Deus à tremenda anormalidade espiritual em que a nação se submergiu. Aquilo não era o propósito de Deus; no entanto, ocorreu, e ficou registrado para o nosso próprio proveito, porque há aqui lições fundamentais para a igreja do Senhor.
Note como começa o relato: Josué tinha se despedido do povo, a terra havia sido repartida e os filhos de Israel se foram cada um para a sua herdade para possui-la. Versículo 7: «E o povo tinha servido a Jehová todo o tempo de Josué, e todo o tempo dos anciãos que sobreviveram a Josué, os quais tinham visto todas as grandes obras de Jehová, que ele tinha feito por Israel».
Deus estava no meio do seu povo, e lutava por Israel. Esta era a razão de sua vitória. Desta forma que possuíram a terra. Mas em seguida, depois da morte de Josué e de toda aquela geração, levantou-se «outra geração que não conhecia a Jehová, nem a obra que ele tinha feito por Israel». A consequência de tudo isto foi que depois «os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos de Jehová, e serviram aos baalins».
Assim começa a história do livro de Juízes. Mas, por que Israel se afundou na ruína que veio a seguir? Onde começou tudo? A resposta é, em uma geração que não conhecia a Deus nem a obra que ele tinha feito. Por essa razão veio toda a degradação moral e espiritual.
É interessante observar que aquela degradação os entregou nas mãos dos seus inimigos. A falta de conhecimento os levou a idolatria, mas a idolatria produziu como efeito o seguinte: «E se acendeu contra Israel o furor de Jehová, o qual os entregou nas mãos de roubadores que os despojaram, e os vendeu na mão dos seus inimigos ao redor; e já não puderam fazer frente aos seus inimigos» (Jz. 2:14).
A história de Israel contém uma tipologia espiritual. Há verdades espirituais contidas na história do Antigo Testamento que têm haver com a nossa experiência de hoje. Vamos tratar de entender, então, o significado espiritual desta passagem, para em seguida aplicá-lo a nossa vida atual.

O Deus vivo
Vejamos 1ª Timóteo 3:15-16. «…para que se eu tardar, saiba como deves te conduzir na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivente, coluna e baluarte da verdade». A frase «a igreja do Deus vivente» é uma expressão que aparece várias vezes, tanto no Antigo como no Novo Testamento.
Em Hebreus capítulo três, por exemplo,  faz-se alusão à história de Israel  e seu chamado para entrar  na terra prometida. Diz-nos que, antes de Josué introduzir o povo em Canaã, houve outra geração que fracassou e morreu no deserto sem poder entrar. E aqui é usada outra vez a expressão «o Deus vivente».
Observe como começou a ruína de Israel: «…levantou-se outra geração que não conhecia a Jehová», isto é, a geração posterior a Josué. A geração anterior, que não pôde ingressar na terra, teve uma experiência similar. Hebreus 3:12 diz: «Olhem, irmãos, que não haja em nenhum de vós um coração mau de incredulidade para se apartarem do Deus vivo». Eles não só se apartaram de Deus, mas também «do Deus vivo».
«Não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram; provaram-me, e viram as minhas obras por quarenta anos. Pelo qual me indignei contra essa geração, e disse: Sempre andam vagando em seu coração, e não conheceram os meus caminhos. Portanto, jurei na minha ira: Não entrarão no meu repouso» (Heb. 3:8:11). A geração que saiu do Egito não pôde entrar, e a geração posterior perdeu os privilégios da terra; seguiu morando nela, mas era como se não estivesse ali, pois foi derrotada por seus inimigos. Deuteronômio 28:7, falando das bênçãos da terra prometida, diz: «Jehová derrotará os teus inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho sairão contra ti, e por sete caminhos fugirão de diante de ti». Esta era a promessa associada à terra prometida. Uma terra que emanava leite e mel, pela qual eles não trabalharam, que foi dada por graça e não por seus méritos. E nessa terra teriam com eles a presença de Deus e seus inimigos não poderiam resisti-los.
No que consistia a bênção da terra prometida? Por que ela era tão gloriosa? Porque Deus estaria ali. A primeira geração não conseguiu entrar, por causa da sua incredulidade. Qual era a raiz da sua incredulidade? «…não conheceram os meus caminhos», quer dizer, «não me conheceram». A incredulidade surge da falta de conhecimento de Deus. Não há maior tragédia que não conhecer a Deus. Quando Israel foi levado para a Babilônia, Deus disse: «O meu povo foi levado cativo, porque não teve conhecimento» (Is. 5:13). Não se refere ao conhecimento de matemática, a física ou da astronomia. Mas: «Assim disse Jehová: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem em sua valentia se glorie o valente, nem o rico se glorie em suas riquezas. Mas o que se gloriar, gloriem-se nisto: em me entender e me conhecer» (Jer. 9:23-24). Eles não conheceram a Deus, e por isso se perderam.
O conhecimento de Deus não é um entendimento doutrinário a respeito dele. As doutrinas são importantes, mas conhecer a Deus não consiste nisso. Pode-se conhecer toda a doutrina, todas as correntes de teologia sistemática, e mesmo assim, não conhecer a Deus. O conhecimento de Deus, do que fala a Bíblia, é o conhecimento do Deus vivo. Um conhecimento nascido da fé e a experiência, que brota do caminhar com Deus.

O exemplo de Abraão
O livro de Josué diz que depois da morte dele se levantou outra geração que não conhecia o Senhor. É porque não tinham noção alguma do Deus dos seus pais? Provavelmente conheciam as doutrinas e tinham ensinos a respeito de Deus, pois havia sacerdotes que ensinavam o povo. Mas o problema jazia em um lugar mais profundo. A morte do conhecimento de Deus sempre tem como ponto de partida a perda da palavra de Deus. Quando termina o período dos juízes e começa a dos reis de Israel, encontramos uma pequena frase que deve ser o ponto de inflexão de toda a história. O tempo dos juízes termina de maneira trágica quando a arca é capturada, e então Eli, o último juiz de Israel, morre por causa da imensa comoção que lhe produz a sua perda.  No entanto, nesse mesmo tempo, um menino pequeno tinha crescido no tabernáculo junto a Eli: Samuel. E, há uma frase ali que descreve todo o problema: «A palavra de Jehová escasseava naqueles dias; não havia visão com frequência» (1 Sam. 3:1). E como escasseava a Palavra, quando Samuel ouviu a voz de Deus, nem sequer pôde reconhecer que era Deus quem o chamava. Mas depois que compreendeu, nos diz: «E Jehová se manifestou a Samuel em Siló pela palavra de Jehová» (1 Sam. 3:21). Este foi o ponto de inflexão, porque ali voltou a manifestar a palavra de Deus.
Agora, a pergunta é: Eles não tinham a Torá, os livros de Moisés? Então, como chegaram ao ponto em que ninguém conhecia o Senhor? Josué, Calebe e toda a sua geração caminharam com Deus e viram as suas obras, porque viveram na presença do Deus vivo. A única maneira de conhecer a Deus é caminhando em comunhão e companheirismo com ele. E esta história, de caminhar em comunhão com o Deus vivo, começa, segundo a Bíblia, com Abraão.
Abraão, «o pai de todos os crentes», habitava em Ur dos caldeus, uma cidade governada pelo paganismo. Quando Deus o chamou, não havia conhecimento de Deus na terra. Todos adoravam deuses falsos. No entanto, Abraão foi chamado a viver em comunhão com o Deus vivo e verdadeiro.
Abraão foi chamado a caminhar com Deus. «Eu sou o Deus todo-poderoso; anda diante de mim, e sê perfeito» (Gên. 17:1). E isto começou quando, «O Deus da glória apareceu ao nosso pai Abraão» (Atos. 7:2). Não foi uma simples aparição, mas a aparição do Deus da glória. A visão da glória de Deus foi o que transformou a Abraão no pai da fé.

Não heróis, mas crentes
Em Hebreus capítulo 11 achamos uma lista de homens de fé que caminharam com Deus: erroneamente chamados «heróis da fé». A palavra «herói» pode nos induzir ao erro. Normalmente, eles são pessoas aguerridas e fortes. Por isso, podemos crer que a fé é própria de certas pessoas que têm algo naturalmente superior ao restante, por isso, logicamente, nós não podemos ser  como tais heróis, já que não possuímos essas qualidades em nossa natureza.
Mas estamos errados. Olhemos para Abraão. Ele era um herói espiritual que encontrou a Deus depois de uma busca árdua e heroica? Não, mas era um pagão, como qualquer outro de sua época. Não temos antecedentes de que Abraão tenha procurado a Deus. Pelo contrário, foi Deus quem procurou a Abraão primeiro. Foi a visão da glória de Deus que fez nascer a fé no coração de Abraão. Pois, quem conhece a Deus aprende a crer e a confiar nele.
Não pensemos, portanto, em Abraão como um homem heroico. O que na verdade ocorreu foi que ele viu a glória de Deus e essa visão fez nascer a sua fé. Ao estudarmos a sua vida, vemos que ele não teve um caminho ascendente todo o tempo. Teve desigualdades importantes, embora no final terminasse em uma ascensão completa. Mas houve momentos em que Abraão retrocedeu. Duas vezes desceu ao Egito, e uma vez, querendo fazer as coisas a sua maneira, teve um filho que se tornou problemas até o dia de hoje. Não, Abraão não foi um homem perfeito nem heroico. Mas havia algo que caracterizava supremamente a Abraão: Conhecia a Deus e confiava nele.
Você se lembra com que apelido chamaram a Abraão quando chegou à terra prometida? O hebreu. Literalmente, o hebreu significa «do outro lado do rio», quer dizer, o estrangeiro. Abraão era um estrangeiro na terra, um homem que estava neste mundo, mas não era deste mundo; que caminhava em contato com o invisível, com o eterno, porque caminhava de mãos dadas com Deus. Seu coração não estava colocado neste mundo; os seus olhos estavam postos mais à frente. Ele via o Deus da glória, ao Deus invisível e eterno, e por isso, através de Abraão, o reino dos céus podia descer sobre a terra.
A vontade do Deus eterno se revelou sobre a terra na vida do crente Abraão. Quando outros o viam, contemplavam os efeitos de sua relação com Deus, porque Abraão se tornou imensamente rico, não só em recursos materiais, mas, sobretudo, espirituais. Mas isso foi só o efeito que deixou a onda divina por trás golpear a praia desta terra. A explicação mais profunda era em que Abraão conhecia a Deus, e caminhava em sua presença.
Neste sentido, a terra prometida expressa a vontade de Deus para o seu povo, mas o seu significado é espiritual: Ela representa as riquezas insondáveis do Senhor Jesus Cristo, das que nos fala Efésios 3:8. Toda a história de Israel, desde que saiu do Egito até a sua entrada na terra prometida, é figura de nossa própria experiência com Cristo. Da mesma forma que eles, nós saímos do domínio do Egito, isto é, do domínio do mundo, da morte e do pecado. Fomos tirados poderosamente através do mar Vermelho, vale dizer da morte de Cristo, que se abriu diante de nós, e assim passamos, através de sua morte, para a vida.
Mas ali não terminava o propósito de Deus. Ele queria levar o seu povo a uma terra que emanava leite e mel. Esta é a vida que Deus nos deu em Cristo. Cristo é a terra de abundância. Tais são as riquezas insondáveis ou inescrutáveis de Cristo representadas por Canaã; uma terra de plenitude, uma figura material de algo muito maior. Porque o insondável é algo que não tem fundo, que não se esgota nunca. Colossenses diz do Senhor Jesus que, «nele habita corporalmente toda a plenitude da Deidade». Não existe uma criatura que seja insondável. Toda criatura tem um limite, um fundo. Há só um que não tem final, porque também não tem princípio. Só um que é insondável: Deus. E por que, então, Cristo possui riquezas insondáveis? Porque ele é Deus.

O Deus de glória
O Deus de glória apareceu a Abraão. Na Escritura, não há uma definição da palavra «glória». Fala-se do Deus da glória, mas nunca nos diz o que exatamente é essa glória. De fato, se pudéssemos definir a glória, também se poderia definir a Deus. Mas Deus não pode ser definido pela linguagem humana, e tampouco a sua glória pode ser definida, porque ela sempre será maior que as palavras com as que tentemos defini-la ou expressá-la.
A glória de Deus é a expressão do próprio Deus. Quem vê a sua glória, vê a Deus. A glória que Abraão viu no princípio de sua jornada, é a mesma glória do Senhor Jesus Cristo. Hebreus nos diz que ele é «….o resplendor da sua glória». Jesus Cristo é o resplendor da glória de Deus. Uma melhor tradução do grego seria «o brilho resplandecente de sua glória». De maneira que, quando Abraão viu a glória de Deus, viu a glória de Cristo. O Deus da glória lhe disse: «Sai da tua terra e da tua parentela, e vem para a terra que eu te mostrarei» (Atos. 7:3). Abraão deixou a sua terra e saiu, embora não tenha obedecido completamente, pois levou com ele a seu pai e a seu sobrinho Ló. Mas há algo importante ali. Ele saiu, para ir atrás do Deus da glória, e diz a Escritura que «saiu sem saber para onde ia» (Heb. 11:8). Deus não lhe disse onde estava localizada a terra. Abraão tinha que ir passo a passo atrás do Senhor. Saiu sem saber para onde ia, mas mesmo assim, saiu. E finalmente Deus o introduziu na terra, e Abraão ficou nela, embora nunca tenha se estabelecido por completo. Este é um mistério na vida de Abraão, que representa a vida de fé.
«Pela fé habitou como estrangeiro na terra prometida… morando em tendas». Ele já não estava na terra que Deus lhe havia prometido? Por que não se estabeleceu ali? Porque, em seu caminhar com Deus, Abraão aprendeu a olhar além do que se vê e do que se toca. Ele entendeu, finalmente, que a terra não era um espaço físico ou material. A terra de verdade, sua herança, era o próprio Deus. «Porque esperava a cidade que tem os fundamentos, cujo arquiteto e construtor é Deus». Em Apocalipse vemos a cidade que tem a glória de Deus, porque o Deus da glória habita nela. Abraão queria achar, finalmente, a terra do Deus da glória. Este é o significado mais profundo da terra prometida. E, onde encontramos ao Deus da glória em plenitude? Apenas em Jesus Cristo. Porque ele é o resplendor da glória de Deus.
O conhecimento de Deus é o conhecimento do Deus vivo, do Deus da glória. E isto quer dizer que ele é mais que suficiente para suprir todas as nossas necessidades. Quando Deus apareceu a Abraão, disse-lhe: «Eu sou o Deus todo-poderoso». Isto é, o Deus todo suficiente para as necessidades do seu povo. Literalmente, em hebraico (El-Shaddai) quer dizer, o Deus que amamenta o seu povo. Não é maravilhoso? Isto significa «o Deus da glória», um Deus tão amplo, tão cheio de riquezas e recursos, que é mais que suficiente para suprir todas as nossas necessidades.
Deus disse a Abraão: «Sai da tua terra e da tua parentela… para a terra que te mostrarei. E farei de ti uma grande nação, e te abençoarei, e engrandecerei o teu nome». O que Deus queria dizer a Abraão com tudo isso? É obvio, que estava falando do propósito eterno do seu coração, que é realizado na edificação da igreja, que virá  muito mais adiante na história. Tudo começou em Abraão, mas termina naquela cidade eterna que é a igreja, onde habita o Deus vivo. O sentido de tudo isto é que o Deus infinitamente grande e cheio de recursos, quer que as suas riquezas se tornem as nossas.
Mas observem, esta não é uma riqueza material. Pode ser uma riqueza material, se ele o quiser, mas não é nisso que Deus está pensando, e Abraão entendeu muito bem. Ele não pensou que Deus queria criar um império para ele aqui nesta terra. Por isso, «esperava a cidade que tem fundamentos». Suas riquezas estão além deste mundo, mas tocam e alteram o curso deste mundo. São as riquezas do reino de Deus e a vida celestial, em resumo, as riquezas insondáveis de Cristo.

A perda da palavra viva de Deus
Voltando para a história do livro de Juízes, e trazendo o seu significado para a nossa experiência atual, podemos dizer que hoje em dia, a maior tragédia da igreja está na falta de conhecimento de Deus. Isaías diz: «Jehová Deus nosso, outros senhores fora de ti se tem ensenhoreado de nós» (Is. 26:13). E em Juízes nos diz que «serviram aos baalins». Em hebreu, baal significa senhor. Este era o nome que genericamente se dava aos deuses falsos. Eles serviram a outros deuses, e não ao Deus vivo. Esse foi o começo de sua decadência e derrota: «E se acendeu contra Israel o furor de Jehová, o qual os entregou nas mãos de roubadores que os despojaram, e os vendeu nas mãos dos seus inimigos ao seu redor; e já não puderam fazer frente aos seus inimigos» (Jz. 2:14). Esta é, também, a tragédia da igreja: Está servindo a outros senhores que não é o Deus verdadeiro, porque se perdeu o conhecimento de Deus.
O conhecimento de Deus começa a perder-se quando se perde a palavra de Deus. Não a palavra de Deus no sentido de ensino, instrução ou conhecimento da Bíblia, mas a palavra viva de Deus. Jeremias diz de Israel: «Está próxima das suas bocas, mas longe dos seus corações» (Jer. 12:2). O contexto é o reinado de Josias. Nunca houve um rei em Israel que se convertesse tão profunda e definitivamente ao Senhor como Josias, de todo o seu coração. A Escritura nos diz que, quando era jovem, mandou reparar o templo, e ali foi achado o livro de Deus. Que tragédia! A lei de Deus se extraviou naquele tempo. O rei começou a ler o livro da lei e compreendeu a imensa  tragédia do seu povo enquanto o fazia. Então, Josias destruiu os lugares altos, queimou todos os ídolos e celebrou a páscoa. Não obstante, o profeta declarou: «Está próximo das suas bocas, mas longe dos seus corações». Em seguida, Josias morreu, e a nação foi levada cativa.
«Meu povo foi levado cativo, porque não teve conhecimento». Eles tinham muitos profetas, que falavam supostamente da parte de Deus. No entanto, a palavra do Senhor veio a Jeremias: «Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam; eles alimentam com vãs esperanças; falam da visão do seu próprio coração, não da boca de Jehová. Dizem atrevidamente aos que me irritam: Jehová disse: Paz tereis; e a qualquer que anda atrás da obstinação do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós. Porque quem esteve no secreto de Jehová, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento a sua palavra, e a ouviu?» (Jer. 23:16-19). A palavra de Deus só pode ser obtida na presença de Deus. Não é suficiente o ensino bíblico, se esta não brotar do conhecimento íntimo de Deus. Em consequência, precisamos recuperar o verdadeiro ministério da palavra de Deus.
Há em Deus o desejo mais profundo de dar-se a conhecer. Ele quer caminhar conosco. Por isso, Watchman Nee dizia: «Todo servo de Deus não só deve ter conhecimento das doutrinas ou ensinos da Bíblia, mas uma história de atos com Deus». No século XIX, na Inglaterra, George Müller, um missionário alemão que se radicou lá, construiu um orfanato só com orações e fé, e chegou a atender a mais de 5.000 meninos. Ele levava um diário onde anotava todas as suas orações e as respostas que recebia. Quando Müller morreu, tinha anotado mais de 90 mil orações e a mesma quantidade de respostas. Essa é uma história de atos com Deus.

No meio de ti
Nosso Deus é um Deus vivo. A igreja é a igreja do Deus vivente. Nosso Deus não é simplesmente um ensino ou uma doutrina. Ele é um Deus vivo, e nós existimos para mostrar ao mundo sua viva realidade. Que tragédia é que se levante uma geração que não conheça a Deus, nem conheça tudo o que ele fez por nós em Cristo Jesus. Uma geração que não conhece a obra de Deus em Cristo é uma tragédia, que só traz ruína e derrota: «Jehová os vendeu nas mãos dos seus inimigos». Então Satanás poderia afrontar à igreja porque não há conhecimento de Deus. Nossa única possibilidade de vitória é que o Senhor esteja no meio de nós.
Sofonias diz: «Jehová está no meio de ti, poderoso, ele salvará; se deleitará sobre ti com alegria, calar-se-á por seu amor, se regozijará sobre ti com cânticos» (3:17). Este é nosso Deus. Que também se possa dizer de nós, Jehová o Senhor está no meio de ti. O inimigo fugirá e não poderá resistir diante de nós, porque conhecemos ao Deus vivo e sua obra, e caminhamos diante dele.
Síntese de uma mensagem ministrada em Encruzilhada, Cuba, março de 2013.
Fonte:http://www.aguasvivas.ws/revista/71/07.htm 

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